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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Delegado aponta 4 fatores principais para a gravidade da tragédia no RS

Delegado aponta 4 fatores principais para a gravidade da tragédia no RS

São eles: única porta, sinalizador, excesso de público e espuma do teto.
Polícia aguarda documento dos bombeiros e laudos periciais.

Tahiane Stochero Do G1, em Santa Maria
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Fachada da boate Kiss na tarde de segunda-feira (28) (Foto: Ricardo Moraes/Reuters) 
Incêndio na boate matou 231 pessoas
(Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
O delegado Marcos Vianna, responsável pelo inquérito do incêndio na boate Kiss, disse ao G1 que uma soma de quatro fatores contribuiu para a tragédia que matou 231 pessoas em Santa Maria durante uma festa universitária no último domingo (27). A combinação que influenciou no grande número de mortos reúne falhas e exigências de segurança desrespeitadas pela boate e pela banda, segundo ele. Até a manhã desta terça-feira (29), mais de 30 pessoas já haviam prestado depoimento na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria.
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Quatro pessoas foram detidas, com prisão temporária de cinco dias decretada. Entre elas estão os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann. O vocalista e o responsável pela segurança do palco da banda Gurizada Fandangueira também estão detidos. Os integrantes da banda e Hoffmann foram transferidos para o Presídio de Santo Antão, a cerca de 7 km do centro da cidade. Spohr está internado em um hospital em Cruz Alta.
Para Vianna, quatro fatores, em especial, contribuíram para que o incêndio na Kiss deixasse um número tão grande de vítimas: 1) o fato de a boate ter apenas uma saída e a porta ser de tamanho reduzido; 2) o uso de um artefato sinalizador em um local fechado; 3) o excesso de pessoas no local e 4) a espuma usada no revestimento, que pode não ter sido a mais indicada e ter influenciado na formação de gás tóxico, contribuindo para as mortes.
Saída única
Sem saídas de emergência, a boate Kiss tinha apenas um acesso para entrada e saída de pessoas. A porta, quando totalmente aberta, chegava a uma largura de 3 m. Uma grade foi colocada para organizar a fila do lado de fora e atrapalhou a passagem das pessoas.
Artefato sinalizador
A apresentação da banda Gurizada Fandangueira foi interrompida após o grupo utilizar sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos. Segundo o estudante Murilo Tiecher e a fotógrafa Fernanda Bona, o vocalista da banda segurou uma espécie de sinalizador. O baterista e o guitarrista, em entrevista ao G1, afirmaram que os integrantes da banda não manuseavam os fogos, apenas a equipe técnica.
Excesso de pessoas
Os bombeiros relataram que o limite ideal era de 691 pessoas dentro da boate devido ao tamanho dela. O comandante do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, Moisés da Silva Fux, disse que a estimativa de público presente no dia era de cerca de 1.300, mas ressaltou que só o laudo da perícia deverá atestar o dado.
Espuma
A espuma usada no revestimento do teto pode não ter sido a apropriada. De acordo com Moacyr Duarte, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em risco e emergência, o ideal é que elas contem com acabamento ignífugo, um tratamento têxtil que tem o objetivo de retardar o fogo em caso de incêndios.
Documentos e laudos
"Ainda não recebemos nenhum documento do Corpo de Bombeiros sobre em que fase estava o processo de renovação da licença da boate e se os requisitos exigidos haviam sido atendidos. Também não nos informaram ainda a capacidade, vamos trabalhar nisso nesta terça-feira (29)", disse o delegado. A polícia entregou uma notificação à Prefeitura e ao Corpo de Bombeiros para que os órgãos enviem todas as documentações referentes à casa noturna.
A Polícia Civil também não recebeu os resultados das perícias do local e dos corpos, que irão fornecer informações sobre se o sinalizador usado pela banda provocou o incêndio e se "a espuma usada era ou não a mais indicada" para o local, informou o delegado Vianna. "Ainda não temos estes dados. Tudo isso será analisado", disse.
Em depoimento, jovens que estavam na boate no dia da tragédia afirmaram que o integrante da banda responsável pela segurança do palco acendeu o sinalizador e o deixou no chão e que, enquanto o gaiteiro tocava, o vocalista pegou o sinalizador e levantou-o, segundo a polícia.
Segundo o delegado, ainda não há confirmação se o sistema de gravação das câmeras eletrônicas da boate estava funcionando ou não no dia do incêndio. "Dois CPUs foram apreendidos, mas não havia os gravadores dos vídeos neles. A versão dos sócios é que, apesar das câmeras, o sistema não funcionava", disse.
Nesta terça-feira, a delegada Luiza Santos Souza, que registrou as mortes na madrugada de domingo, quando estava de plantão, continuará ouvindo sobreviventes que estavam na Kiss naquela noite.
Prisões
O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss". Na manhã desta segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. "Da minha parte, eu parei de tocar", disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.

Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".
A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
Em depoimento, Elissandro Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação.
Infográfico: tragédia de Santa Maria (Foto: Arte G1)creditos: globo.com

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